quinta-feira, 8 de abril de 2010


Vem vida, deixa-me
Acariciar o veludo do teu tempo
Abre os teus braços
Deixa-me
Ouvir o som dos teus passos
Segue este branco
Em que registo
Estas letras que o não são mais
São sonhos
Deste tempo
Em que existo
E sem elas não viverei jamais
Vem vida, descruza-me
As linhas que vinhas tecendo
E com os dias desfazendo
As horas que não eram iguais
Segreda-me as palavras
Que só tu sabes segredar
Agora já não te resisto
Não serei eu se não insisto
Em abrir os sonhos
Para te abraçar.



Penacova (Felgueiras)
06.04.2010
18h59

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