domingo, 12 de dezembro de 2010

Agora

Abriu-se a porta do mundo
Para o sol que quer entrar
Não vejo a escuridão
Há luz ao fundo
Há todo um azul para me orientar
Beija-me o vento de frente
Como se as pétalas se abrissem numa cor
Há tempo
Há movimento
Há dança
Há tudo isto a que chamo amor
Não me canso de mim mesmo
Neste tempo que agora nasceu
Sou a minha própria vida
Espaço, tempo, existência, água despida
Água que toda a flor bebeu
Abriu-se a porta do mundo
Não quero ficar lá fora
Tempo, vida, dá-me tudo
O que me roubaste outrora
Abriu-se o tempo e a porta
Que fechada se encontrava
Pintou-se de cores alegres
Numa tela que eu próprio lavrava
Abriu-se a porta e veio o mar
Abre os braços, rcebe a vida
Sê feliz, mesmo a chorar.

1 comentário: