domingo, 11 de julho de 2010

Noite

Borboleta estranha
Por que vens agora
Com surpresa tamanha
Sussurrar-me suaves segredos
De tempos ignotos vividos outrora
Nas cores que transportas e que me revelas
Nos sons que trazes dos sonhos sentidos
Vêm os aromas de vidas tão belas
E fantasmas de tempos que estavam perdidos
Trazes os anjos e as melodias
Trazes a suavidade do campo em flor
E a harmonia pura de toda a natureza
Enches-me o peito com laivos de amor
Suavizas-me as noites e embelezas-me os dias
E vestes as dúvidas com a seda da certeza
Borboleta distinta
De azul pintada
Em memória da claridade e da alvura
Não há na tua cor nada que desminta
Que a tua presença me envolve em ternura
Borboleta estranha
Nas asas que me ofereces
No bailado da tua perfeição
Os teus movimentos são palavras com que teces
Os poemas inesperados
De imagens ornamentados
Nascidos da noite em solidão.

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