SONHO
Comi cerejas azuis
No país da ilusão
Quase fiz amor com o vento
Mas resisti à tentação
Deixei-me levar pelas ondas
Que nestas janelas batiam
E o algodão em que me sento
Cheira a doce de melancia
Deitei-me nas penas que voam
Encharquei-me em pedras tão puras
Que sinto que as horas magoam
Nas dores cortantes, porque são duras
Levantei-me e andei despido
À porta do tempo parado
Bebi do vinho que andava perdido
Sem se ter embriagado
Olhei para dentro das árvores
E vi que estavam a falar
Dei conta da conversa que tinham
Mas recusei-me a participar
Enrolei os dedos em linho
Senti um fogo que me apagava
Aconcheguei-me na cama, sozinho
Abri os olhos… sonhava.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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As vezes que li este texto, professor...
ResponderEliminarEsperemos pelo grande lançamento dia 8 de Outubro, estaremos todos por lá.
O sonho transporta-nos para outras realidades tão surpreendentes como o mundo que transportamos no peito...
ResponderEliminarLindo!
Um beijo