terça-feira, 27 de abril de 2010

Vesti de preto a minha vida
Pintei o olhar com lágrimas de cal
Transformei a chuva em tempestade
Transfigurei a brisa em vendaval
Vendi os sonhos que não tinha
Fechei as portas à ilusão
Regressei de uma vida que não era minha
Fiz emigrar o coração
Embrulhei os sentimentos
Pisei espinhos em terra dura
Vi crescerem os sofrimentos
Despi a farda da aventura
Rasguei as páginas deste caderno
Escrevi palavras sem som nem cor
Voltei em dias de puro inverno
Senti que sem ti não tenho amor

Sem comentários:

Enviar um comentário