domingo, 11 de abril de 2010


Veste-se de negro, mergulha na ausência,
traz sonhos envoltos em mágoas, em mentes quebradas,
em rios parados, em mundos desfeitos, em doses de nadas.
Não se manifesta pela voz nem pelo brilho,
mas de mão dada com a noite vela-nos o riso,
quebra-nos o mar que para nós construimos!
Afastamo-la delicadamente e ela regressa,
não se submete, invade-nos,
não se compromete, cega-nos.
Não se veste de cor, ausenta-se,
não conhece o amor, fundamenta-se.
E se à noite na leitura a afastamos da razão,
vira-nos as páginas,
toca-nos nos dedos,
humedece-nos os olhos …

é a solidão!

Sem comentários:

Enviar um comentário