segunda-feira, 29 de março de 2010

Nem nada nem ninguém acalma
A revolta que em mim nasceu
Roubaram-me os passos da alma
Levaram-me o sonho que era só meu
Tiraram-me a verdade e a alegria
E pintaram a vida de escuridão
Esconderam-me o sol durante o dia
Afastaram a melodia da canção
E se aos poucos reinventaram o medo
Para me acompanhar nas passadas
Tragam-me de volta o segredo
E reconquistarei as forças derrotadas
Devolvam-me o sorriso e as flores
Que conseguiram eliminar
Pincelem a minha existência com as cores
Com que eu a andava a pintar
Retirem do universo a hipocrisia
A solidão e a crueldade
Matem os sentimentos malignos
Reinventem a felicidade
Só assim renascerei
Para tudo em que acredito
E se não me deixarem falar
Será no silêncio que GRITO!

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